« (…) “Já sete horas”, disse para consigo ao ouvir de novo o despertador, “já sete horas e um nevoeiro destes.” E durante uns instantes ficou quieto, respirando baixinho, como se esperasse do silêncio absoluto a reposição da situação real e natural. (…) preparou-se para balançar o corpo a todo o comprimento, fazendo-o cair assim de uma vez de cima da cama. Se se deixasse cair desta maneira, a cabeça, que ele levantaria ao máximo ao tombar, não devia sofrer nada. As costas pareciam ser duras, e não lhes aconteceria nada se caíssem em cima do tapete. O que mais o preocupava era a ideia do estrondo que isso iria provocar, e do susto, ou pelo menos da preocupação que tal baque iria causar atrás de todas as portas. Mas era preciso arriscar. (…)»
E tu, o que estás disposto a arriscar?
Neste momento estava disposta a arriscar quase tudo. Quase tudo? Tudo mesmo, porque para mim um sorriso é tudo.
Mas como dizem que “quem não arrisca, não petisca”, dei um passo e sorri confiantemente, independentemente do risco que poderia correr.
Por isso, estou disposta a arriscar o meu sorriso, mesmo sabendo que o posso perder.
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